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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

156- SERGIPE: JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA



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Nasceu no dia 2 de novembro de 1820 em São Cristóvão, sendo seus pais Francisco Félix de Oliveira e Ana Joaquina de Oliveira.
Após concluir os preparatórios em 1839, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, onde recebeu o grau de doutor em medicina no dia 23 de novembro de 1844, após defender tese sobre “Ruídos normais e patológicos do coração e das artérias”.
Formado, regressou para São Cristóvão.
Em 1º de julho de 1846 foi nomeado comissário vacinador da Província de Sergipe e como tal prestou relevantes serviços durante a epidemia de cólera em 1855 e 1862.
Em 1862 se demitiu do cargo de vacinador e foi nomeado inspetor da Tesouraria  Provincial, função que exerceu até 28 de maio de 1864.
Foi vice-diretor do Liceu Sergipano, deputado na Assembléia Legislativa, suplente de juiz municipal de Estância, provedor de saúde pública do porto de Aracaju, vice-presidente da província (1863), capitão cirurgião-mor do comando superior da Guarda Nacional de São Cristóvão e Itaporanga (1858), primeiro diretor do Hospital de Caridade de Aracaju e inspetor da Alfândega (1866).
Em 1866 foi transferido para a Alfândega do Maranhão, e depois para a Alfândega de Pernambuco.
Estava no exercício do seu mister na Alfândega de Pernambuco quando sentiu-se gravemente enfermo e partiu para a capital do Império, onde faleceu em 16 de setembro de 1872.
Adepto da homeopatia, mostrou-se extremamente generoso, a ponto de muitas vezes abrir mão dos rendimentos e das gratificações oficiais em favor dos cofres públicos.
Além de médico, era primoroso pianista e apaixonado pela música em geral e pela literatura.
Sua dedicação ao estudo da História (especialmente a História de Sergipe) é exaltada por Armindo Guaraná, Epifânio Dória e outros autores.
É patrono da Cadeira 37 da Academia Sergipana de Letras.
Escreveu “História de Sergipe”, “Histórias Perdidas”, ”Apontamentos para a História de Sergipe”, além de várias composições musicais.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Bittencourt, Liberato – Homens do Brasil-Sergipe. Rio de Janeiro, 1917.
Dória, Epifanio- Efemérides Sergipanas, vol. 1. Aracaju, 2009
Guaraná, Armindo – Dicionário Bibliográfico Sergipano. Rio de Janeiro, 1927.

MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
Biografias de médicos de Sergipe ...................................... 156
Biografias de médicos da Bahia .........................................  417
Total ................................................................................      573

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As origens do Estado de Sergipe datam de 1534, quando a divisão do Brasil em capitanias hereditárias integrou o território sergipano à Capitania da Baía de Todos os Santos. Desta época, até conseguir sua autonomia, a região passou por invasões de piratas, expulsão de índios, domínio de holandeses, retomada do governo português, até chegar à província independente.
A ausência de portugueses nas terras sergipanas incentivou a invasão de piratas franceses que contrabandeavam pau-brasil. A necessidade de colonização era urgente. Além de bloquear a ação de intrusos, a conquista das terras facilitaria a comunicação com a importante região de Pernambuco. A primeira tentativa de colonização aconteceu em 1575, com os jesuítas, que encontraram forte resistência dos índios. A conquista definitiva aconteceu em 1590, após violentos combates pela posse da terra, resultando no domínio dos índios por parte das tropas portuguesas comandadas por Cristóvão de Barros.
Por ordem da Coroa portuguesa Cristóvão de Barros fundou o Arraial de São Cristóvão, sede da capitania, à qual deu o nome de Sergipe Del Rey. Com o crescente povoamento de Sergipe, inicia-se a criação de gado e o plantio de cana-de-açúcar. O gado serviu de base para a economia, mas foi superado pela cana-de-açúcar, cultivada principalmente no Vale do Cotinguiba. O cultivo da cana trouxe os primeiros escravos da África para trabalhar na lavoura.
A presença dos holandeses no Brasil, em 1637, deixou marcas em Sergipe. Ao contrário da invasão a Pernambuco, que resultou em conseqüências positivas, em Sergipe foi só destruição. Em São Cristóvão, ocupam e incendeiam a cidade, destruindo lavouras, roubando gado, desestruturando toda a vida social e econômica da área. Somente em 1645 as terras são retomadas pelos portugueses e é reiniciado o processo de povoamento e recuperação da economia.
Em 1696 foi criada a comarca de Sergipe, separada da Capitania da Bahia. Em seguida, surgem as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. A autonomia durou pouco, e em 1763 Sergipe foi novamente anexado à Capitania da Bahia. Mas a consciência da capacidade econômica de Sergipe, que era responsável por um terço da produção açucareira baiana, e as constantes intervenções na vida sergipana provocaram vários protestos contra a dependência. Foi então que, em 8 de julho de 1820, Sergipe volta a ser autônomo, elevado por Dom João VI à categoria de Província do Império do Brasil.
A prosperidade com a produção e exportação de açúcar leva à transferência, em 1855, da capital São Cristóvão para o povoado de Santo Antônio de Aracaju. A nova capital é uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, com seu traçado geométrico de ruas direcionadas às margens do rio Sergipe.
O império declinava e forma-se na cidade de Laranjeiras o Partido Republicano, que em 1889 consegue eleger seus primeiros representantes para o Congresso Federal. Em 1892 é promulgada a primeira Constituição do Estado de Sergipe.
Referências Bibliográficas
Para conhecer melhor a história de Sergipe:
BARRETO, Luiz Antônio (Org.). Sergipe, 100 anos de história constitucional. Aracaju: Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe, 1992.
BEZERRA, Felte. Etnias sergipanas. Coleção Estudos Sergipanos VI. Aracaju: Governo do Estado de Sergipe, 1984.
CARVALHO NETO, Paulo de. Folclore sergipano. Aracaju: Sociedade Editorial de Sergipe, 1994.
DANTAS, Orlando Vieira. Vida Patriarcal de Sergipe. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
FARIA, Rosa. Sergipe passo a passo pela sua História. Aracaju: s/ed., 1995.
FREIRE, Felisbelo. História de Sergipe. 2ª edição. Petrópolis: Vozes e Governo do Estado de Sergipe, 1977.
DINIZ, Diana Maria do Faro Leal (Coord.). Textos para a História de Sergipe. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe e Banese, 1991.
WYNNE, J. Pires. História de Sergipe Vol. II (1930 – 1972). Rio de Janeiro: Ed. Pongetti, 1973.



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