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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 19 de maio de 2011

324- FRANCISCO DE SOUZA PONDÉ





Nasceu em Itapicuru, Bahia, a 17 de fevereiro de 1880, sendo seus pais Francisco de Souza Pondé e Ana Joaquina de Souza.
Realizou os primeiros estudos em Itapicuru, completando-os em Salvador, no Colégio Spencer.
Aprendeu francês, italiano e latim no Seminário de Salvador.
Em 1898, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, diplomando-se em 1902.
Aluno e admirador do Prof. Nina Rodrigues, dedicou-se, inicialmente, à Medicina Legal.
Transferiu-se para Belém do Pará e, na qualidade de Diretor do Hospital de Isolamento de Tatuoca, lutou denodadamente contra a epidemia de peste bubônica que assolou a capital do estado.
Em 1911, seguiu para a Europa, onde aperfeiçoou seus conhecimentos, notadamente em Pediatria, visitando e estagiando em centros especializados de Londres, Bruxelas, Viena, Roma e Paris.
Contraiu matrimônio em Paris e, regressando a Belém, reassumiu sua numerosa clientela.
De acordo com Clóves Meira, "durante toda a sua vida foi médico por excelência. Humanitário, culto e de fina educação, conseguiu granjear uma grande clínica, dedicando-se à Pediatria" (Fonte citada).
Foi professor de Medicina Legal nas Faculdades de Medicina e de Direito, de Belém.
Faleceu em 24 de fevereiro de 1934.

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MEMÓRIA HISTÓRICA DA FACULDADE DE MEDICINA PARAENSE

Medalha comemorativa do cincoentenário da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará (1969) . Coleção do autor.
O fausto do ciclo da borracha não se traduziu por investimentos em escolas superiores no Pará. Nesse sentido acompanhávamos o Brasil, que atravessou a primeira década do século XX e os cem anos antecedentes com as mesmas faculdades de medicina instituídas por Dom João VI, à ocasião em que a família real portuguesa, tangida pelas tropas napoleônicas, transferiu-se para a sua rica e ancha colônia tropical.
Entre as instituições de ensino superior, no Pará foi pioneira a Faculdade de Direito (1902) , seguida da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, fundada em 1919, realização de um "sonho que se fez um dia realidade excelsa e vencedora" - conforme palavras citadas pelo saudoso Clóvis Meira, quando dá notícia da criação dessa academia na crônica A Faculdade de Meu Tempo, publicada no obrigatório Medicina de Outrora do Pará (Grafisa, 1986), hoje infelizmente esgotado, mas ainda encontrável em sebos.
Embora a História da Medicina integre a linha de pesquisa da História das Ciências, é recente sua introdução no currículo médico, ressalva feita ao pioneirismo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Essa ausência curricular inoportuna e injustificável, quando se trata de profissão entre as mais importantes para o processo civilizatório obriga-nos a concluir que se tudo é história não menos certo é reconhecer que pobreza certíssima é não poder utilizar aquilo de que se tem necessidade*!
Mas a História se retrocede por um lado, avança conosco também quando a inquirimos e repomos lacunas ou capítulos esquecidos para usofruto das gerações. É como exemplo dessa última conclusão que saúdo o lançamento da Memória Histórica da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará - 1919/1950 (Editora da UFPA, 2009), fruto de extensa pesquisa conduzida pelos escritores médicos Aristóteles Guilliod de Miranda e José Maria de Castro Abreu Júnior.
Aristóteles Guilliod é o nosso confrade Gui, quando todos usávamos de pseudônimos nos princípios do Flanar, que daqui se afastou exatamente para concluir a escritura dessa Memória com lançamento previsto para a próxima sexta-feira, dia 09 de janeiro. A parte a amizade que nos une a um dos autores da obra, sem dúvida trata-se de lançamento editorial dos mais importantes, que faz jus a importância histórica da hoje Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, nascida como a primeira do Norte e a oitava do Brasil há noventa anos. Parabéns aos autores e ao Reitor Alex Fiúza de Mello que reconheceu o mérito do tema e a seriedade dos autores, levando o livro ao prelo e a leitura da sociedade.
*Dito latino Paupertatem certissimam esse, cumalicuius indigeas, uti eo non posse (Columela, precedido por Xenofonte).


Faculdade de Medicina da UFPA está no ranking das melhores do Brasil







A Faculdade de Medicina do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Pará (ICS/UFPA) está entre as dez melhores do Brasil. A colocação foi publicada no Guia do Estudante 2011, da Editora Abril, que há 20 anos avalia os cursos das faculdades e universidades públicas e privadas do país. A publicação é referente à avaliação realizada no ano de 2010, em diferentes áreas do conhecimento, que vão de Administração a Zootecnia. No caso de Medicina, 55 faculdades receberam “estrelas” dos avaliadores.

A Faculdade de Medicina da UFPA obteve quatro “estrelas”, o que revela, segundo a diretora da subunidade, Tânia Costa, o crescimento e o reconhecimento qualitativo do ensino. “Para nós é uma reconquista, é o resgate histórico da referência que é o curso de medicina no Pará”, afirma.

Os cursos selecionados para o Guia do Estudante foram classificados com os conceitos: Bom (três estrelas), Muito Bom (quatro) e Excelente (cinco). As notas foram dadas com base em entrevistas a profissionais e especialistas de cada área. Foram avaliados, entre outros fatores, o projeto pedagógico, o cenário de aprendizagem (infraestrutura) e a qualificação docente.

Laboratórios – Os investimentos em infraestrutura de laboratórios da Faculdade de Medicina da UFPA vão garantir tecnologia de ponta para o ensino na região Norte do país. O primeiro a ser inaugurado no dia 30 de março é o Laboratório Morfofuncional, unidade de ensino para o estudo independente, que vai abrigar materiais como microscópios, peças anatômicas, imagens radiológicas, atlas anatômicos, além de suporte tecnológico para softwares.

Outro laboratório é o de Habilidades Médicas, que está previsto para iniciar as atividades em abril deste ano. Neste espaço de aprendizagem, o estudante, acompanhado do professor, poderá desenvolver habilidades médicas, necessárias aos procedimentos clínicos; capacidades práticas de tomada de decisões; e atitudes de comunicação, necessárias à relação médico-paciente, pautada na humanização e ética profissional.

Para a diretora da Faculdade de Medicina da UFPA, Tânia Costa, o curso vive um processo de resgate da autoconfiança, que ficou abalado por conta de uma avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizada em 2007, quando a instituição recebeu nota 2. “Agora, estar entre as dez melhores do país, demonstra a culminância do trabalho coletivo para colocarmos o curso de Medicina no patamar que desejamos”, afirma.

Com os investimentos em infraestrutura e em qualificação do corpo docente, Tânia Costa acredita que “o curso de medicina da UFPA se tornará, em breve, um ensino de ponta na região Norte e, quem sabe, do Brasil”.

Formação – A graduação em Medicina da Universidade Federal do Pará tem duração de seis anos. Atualmente, são 930 alunos matriculados na instituição, com uma média de 150 por ano que concluem o curso. Os dois últimos anos da graduação são dedicados ao internato, que é o estágio obrigatório, realizado na rede pública de saúde do município de Belém.

Na pós-graduação, a Faculdade vive um momento importante com a recente aprovação do curso de mestrado em Oncologia e Ciências Médicas, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Texto: Éricka Pinto - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Mácio Ferreira

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BIOGRAFIAS
VIVOS:  69
MORTOS: 324
TOTAL: 393
Em 19/05/2011

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