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By Ferramentas Blog

sábado, 5 de março de 2011

AVULSO- CINCO PROFESSORES SERGIPANOS DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

MANUEL LADISLAU ARANHA DANTAS, MANUEL PRUDENTE DANTAS, GUILHERME REBELO, JOSINO COTIAS E

 JOSÉ RODRIGUES DA COSTA DÓRIA

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Geraldo Leite

Conferência realizada na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

BONDE ELÉTRICO (PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX)



JOSÉ RODRIGUES DA COSTA DÓRIA



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Sergipe conseguiu sua independência jurídica muitos anos antes da conquista de sua autonomia econômica, política e administrativa. O território da comarca de Sergipe era maior do que o atual estado, de vez que seu limite sul foi fixado em Itapuã, o que significa que o Ouvidor Geral de Sergipe, durante mais de 100 anos, teve jurisdição sobre boa parte da Bahia1.                 

Somente em 1820, com o decreto de 8 de julho, D. João VI comunicou ao Conde da Palma, governador da Bahia, que El Rey "isentava Sergipe daquele governo, declarando-o independente".

Na condição de capitania independente, o território da ­comarca teve de ajustar-se aos novos limites. Daí dizer-se, sem razão, que a Bahia apoderou-se de parte da capitania de Sergipe Del Rey, fazendo-a recuar até as margens do rio Real.

Sergipe, ao contrário do que insinua tão persistente equívo­co, reagiu à sua independência, negando a sua própria autono­mia.

A 25 do mesmo mês e ano, D. João VI nomeou o brigadeiro Carlos Cesar Burlemarqui para governar a recém-criada capita­nia.

Embora português de nascimento, Burlemarqui se identificou com os interesses do Brasil, tendo governado o Piauí, de 1806 a 1810, onde realizou “um bom governo marcado por reali­zações progressistas, como pesquisas mineralógicas e levanta­mento de mapas, geográficos e demográfico, da região”2.

Em Sergipe, Burlemarqui fez tudo o que foi possível para cumprir sua missão, o que não conseguiu de imediato, tal a opo­sição que encontrou.

"É lamentável ao caráter sergipano - diz Felisberto Freire ­que o procedimento de Burlemarqui, em favor da capitania não encontrasse adesão dos próprios filhos de maior representação"3. E acrescenta: "ao contrário disto. Muitos deles fizeram causa co­mum com a Bahia" (Ibidem).

A resistência chegou a tal ponto que o capitão-mor de Estân­cia, Guilherme Nabuco, escreveu o seguinte a Burlemarqui: "Nin­guém quer a independência de Sergipe, senão os que estão no governo, ou nele querem entrar, os taverneiros e donos das ca­sas das cidades, pois que sejam quais forem as vantagens que se sigam da independência, elas não pagam a metade das liber­dades que se perdem"3.

Sergipe e os sergipanos sempre tiveram pela Bahia o maior apreço. Ao longo do passado e do presente, os sergipanos têm contribuído para o progresso e desenvolvimento deste estado.

Um dos campos onde esta colaboração tem sido mais efeti­va e constante é o cultural e, de modo mais específico, o da me­dicina.

Duas instituições são responsáveis pela formação intelectu­al dos sergipanos: A Faculdade de Direito do Recife e a Faculda­de de Medicina da Bahia.

Na expressão de Dalila Rolemberg, a Faculdade de Direito do Recife é o cadinho onde se operou a quinta-essência dos gran­des talentos de Sergipe. Por ela passaram Sílvio Romero, Gumercindo Bessa, Tobias Barreto, Fausto Cardoso, Coelho e Campos e muitos outros4.

A influência da Bahia foi extraordinária. A sua Faculdade de Medicina, a vetusta Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, modelou não só as maiores expressões da medicina sergipana, como também os maiores vultos da vida social, econômica e po­lítica de Sergipe. São exemplos: Aranha Dantas, Manuel Batista Itajay, Antônio Bragança, Daniel Campos, Felisberto Freire, Rodrigues Dória, Gonçalo Faro Rolemberg, José Lourenço de Magalhães, Joaquim Esteves da Silveira, Constantino Gomes, Joaquim de Oliveira, Garcia Rosa, Ítala Silva de Oliveira (1º Mé­dica de Sergipe, formada em 1927), Ranulfo Prata, Eronildes Carvalho, Daniel Madureira, Berilo Leite, João Vieira Leite, Edilberto Campos, Raul Schimidt, Herminio Melro, Felte Bezerra, Josino Cotias, Thomaz Rodrigues da Cruz (avó do acadêmico do mesmo nome e atual diretor da Faculdade de Medicina da Uni­versidade Federal da Bahia), etc.

Em Sergipe durante o século passado - afirma Paulo Merca­dante - mais fácil se tornava o estudo superior na Bahia do que, em Pernambuco. Diante disso, se procedermos ao exame das profissões da elite local, até o ano de 1872, ou seja, em meio-­século de vida independente, verificamos que o número de doutores em Medicina supera expressivamente o de bacharéis em Direito"3.

Dizem os antigos que o mar devolve à terra o que a ele arre­messamos. Sergipe, em matéria de intelectualidade e cultura, devolveu a Pernambuco e à Bahia boa parte do que recebeu.

No Recife, na mesma Faculdade que lhe serviu de berço, pontificou Tobias Barreto. Basta este exemplo, não há necessi­dade de outros. "Metido nas suas botinas de elástico, fraque cin­za e calça branca, gravata escura, de (retrós) e cabelos despenteados, Tobias Barreto enche a academia de novas idéias. Com o  bigode cheio, caído sob os olhos e a fronte alta, os braços curtos, as mãos pequenas, a palavra fácil, a gesticulação abundante, mas eloqüente, é ele uma figura dotada de imensa atração pes­soal. Suas aulas são assistidas, também, pelos demais professo­res da escola e até por pessoas estranhas ao estabelecimento"5.

No que toca à Faculdade de Medicina da Bahia, Sergipe ofe­receu copiosa contribuição. Nela permaneceram, depois de mo­delados, muitos dos seus filhos mais ilustres, os quais, como pro­fessores, honraram o seu quadro docente.

Nenhum outro estado contribuiu tanto para o desenvolvimento da medicina baiana.

Em época recente deu excepcional brilho a esta terra a figu­ra notável e nunca esquecida de Luiz Fernando Macedo Costa, professor ilustre da nossa escola e da velha Faculdade de Medi­cina, reitor magnífico de nossa universidade, a mais antiga. Ade­mais, nos dias em que vivemos, são sergipanos os diretores de ambas as nossas faculdades de Medicina.

Busquemos todavia no passado e não no presente - mais precisamente, no século findo e no início do século findante - os sergipanos que, na condição de professores, honraram o ensino médico na Bahia.


MANUEL LADISLAU ARANHA DANTAS

O primeiro nome que nos acode à memória, de todos os conterrâneos no tempo o mais longínquo, é o do Conselheiro Manuel Ladislau Aranha Dantas. Nasceu em São Cristovão, a 27 de junho de 1810 e faleceu nesta cidade do Salvador, a 4 de novembro de 1875. "Com os conhecimentos que pode adquirir na cidade natal, seguiu para a Bahia em princípios de 1827, ma­triculando-se nesse mesmo ano na Escola Médico-Cirúrgica, na qual se formou em cirurgia a 6 de dezembro de 1832"6.

"A 26 de março do ano seguinte foi promovido, mediante con­curso na cadeira de filosofia de São Cristovão, onde já havia ocu­pado interinamente a de latim, antes de 1827" (Ibidem).

Retornou, todavia, para a Cidade do Salvador onde preen­cheu o cargo de lente substituto da seção de cirurgia da Escola de Medicina, recebendo o grau de doutor, em fins de 1835.

Em 1837, com a morte do dr. Lino Coutinho, foi posta em concurso a cadeira de patologia externa e a ela concorreram os substitutos da seção de cirurgia, cabendo a Aranha Dantas o provimento nessa cadeira.

Seu concorrente foi dr. Francisco Sabino Alves da Rocha Vieira, o qual, preterido pelo governo, contra ele se rebelou, pelo que tornou-se a mola mestra do movimento que eclodiu em 6 de novembro do mesmo ano, nesta capitania, até hoje conhecido como "Sabinada".

O dr. Sabino Alves foi, no dizer de Braz do Amaral, "a Alma da Revolução". Indaga o grande historiador. "Tinha, porém, este homem o caráter ilibado, a moralidade precisa, a idoneidade de virtudes de um Hampden, de um Washington ou de um Bolívar?8." Não, claro que não. "Sabino matou o Alferes Moreira, irmãos de Vicente Moreira, redator de um jornal seu inimigo, na praça do palácio. Matou um homem que o injuriava e tivera a premedita­ção de injuriá-lo. Matou, porém, com uma faca inter-óssea, que não é instrumento de carteira de cirurgião, de modo que não se pode deixar de concluir que de todas as maneiras de se desagra­var, ele havia escolhido a mais sinistra" (Ibidem). Acrescenta a mesma fonte que o dr. Sabino era o tesoureiro da Faculdade de Medicina, em 1833, e não deu boas contas do seu tempo de te­souraria. E mais: "morava na rua do Castanheda quando a sua esposa o encontrou em ato de sodomia com um criolo, do que resultou epílogo tristíssimo. Sabino perseguiu com uma "faca de ponta" a mulher, que fugiu pela escada e ela, caindo fraturou um braço. Foi recolhida por vizinhos e soldados que se achavam na rua, e, em conseqüência desta fratura exposta, morreu de téta­no"8.

Fracassada a revolução, foi dr. Sabino condenado a 51 anos e 2 meses de prisão com trabalho, multa correspondente à metade do tempo e indenização do dano, além de galés e prisão perpétua, com morte natural. Eis o homem com o qual o Aranha Dantas disputou uma vaga na Faculdade.

Na Cátedra conquistada pela porta larga de um concurso, permaneceu o grande sergipano até ser jubilado, a pedido, de­pois de 40 anos de magistério, em novembro de 1873.

Em 1866, com 56 anos de idade, "não receando os perigos, nem os rudes trabalhos da guerra, partiu para o Paraguai, nau­fragando em viagem, na praia de Santa Rosa, na República Ori­ental do Uruguai"6.

"Designado primeiramente para servir nos hospitais mili­tares de Montevidéu e Corrientes, foi nomeado, depois dos com­bates de Curuzu e Curupaiti, médico principal do hospital brasi­leiro daquela cidade, de onde, por dissabores ocasionados pelo comandante militar ali estacionado, regressou para o Brasil (Ibidem)”.

Durante o período que ocupou a cadeira de Patologia Exter­na, exerceu também o cargo de cirurgião ajudante da guarda municipal permanente e membro do Conselho do Governo de Sergipe; membro do Conselho de Instrução Pública da Bahia e presidente da Comissão de Higiene, isto em um tempo no qual a comunicação entre ambas as províncias era escassa e difícil.

Foi sócio honorário da Academia do Rio de Janeiro e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Mereceu, em 1849, o oficialato da Ordem da Rosa, do qual foi promovido em 1860 pela brilhante preleção feita na presença de D. Pedro II, quando da visita de Sua Majestade à Bahia, em outubro de 1859.

Em 1858 recebeu o Hábito da Ordem de Cristo, em razão dos serviços prestados durante a epidemia de cólera, sendo pro­movido em 1874, em atenção aos relevantes serviços prestados no exercício do magistério.

Em 1858 mereceu o elevado título de Conselheiro de sua Majestade o Imperador.

De sua bibliografia constam vários trabalhos publicados. Além da tese sobre "As feridas envenenadas", com a qual concorreu à cátedra de Patologia Externa, deu à luz vários relatórios, artigos científicos e discursos de paraninfia, além de livros didáticos so­bre sua especialidade e a Memória Histórica da Faculdade de Medicina - a segunda a ser escrita - referente ao ano de 1856.

Diz Sá de Oliveira que o conselheiro Aranha Dantas era "um filósofo de alto conceito e um verdadeiro patriota"9.

Gonçalo Muniz acrescenta: "Aranha Dantas era muito aca­tado pela sua grande ilustração, pela severidade do caráter e exação no desempenho das suas funções." E mais: "Um dos pou­cos professores, da nossa Faculdade que escreveu obra didáti­ca"10. Acresce o registro de que faleceu justamente quando pre­parava a 2º edição do seu compêndio.

Sobre ele também escreveram, além de outros, Alexandre Herculano e Remédios Monteiro.


MANUEL PRUDENTE DANTAS

O segundo sergipano a ilustrar a faculdade do Terreiro de Jesus foi outro Dantas: Manuel Prudente Dantas. Depois de Ara­nha Dantas, mais um filho de Sâo Cristovão ocupa uma cadeira de lente em nossa Faculdade de Medicina.

Nasceu a 15 de abril de 1852 e faleceu, em Muritiba, na Bahia, no ano de 1893. Ainda adolescente, diz Armindo Guaraná, foi com seus pais para a Cidade do Salvador, onde fez curso de humani­dades e o de medicina, no decorrer dos quais "deu as melhores provas de aplicação e talento"6. "Laureado com o grau de doutor em 1873, foi nomeado, logo em seguida, cirurgião do corpo de saúde da armada, com destino à companhia de aprendizes mari­nheiros do Rio Grande do Norte, onde se conservou até 1878, quando foi, a seu pedido, dispensado do serviço militar" (Ibidem).

Seu grande desejo, sua aspiração mais antiga, era a do in­gresso no magistério superior.

De regresso à Bahia, foi nomeado professor adjunto da ca­deira de Fisiologia Teórica e Experimental, no ano de 1883. Pas­sou depois para a cadeira de Anatomia Médico-Cirúrgica e Com­parada (em 1891) e em seguida para a de Clínica Propedêutica, cátedra que ocupou até falecer, quando foi substituído por Alfredo Brito.

Em 1880, eleito para a Assembléia Constituinte, elaborou duas leis de grande importância: a da instrução pública e a da reforma da higiene.


GUILHERME REBELO

Na seqüência cronológica vem Guilherme Rebelo, nascido em 5 de junho de 1858, em Aracaju.

Dizer que Guilherme Rebelo nasceu em Aracaju é pouco, muito pouco. Na verdade ele nasceu com a cidade de Aracaju. Tal assertiva tem sentido. Há de fato "uma estranha afinidade entre cidade e existência humana"11. Acrescenta Silvério Fontes: "Com­preendendo a missão histórica e formadora das cidades, os gre­gos divinizavam os seus fundadores, pois concluíam não ser ho­mem, mas um deus, o que recebia do céu, poder de proporcionar aos mortais tão grande benefício" (Ibidem).

Aracaju foi fundada em 1855 - três anos antes do nascimen­to de Guilherme Rebelo. Seu fundador foi Inácio Joaquim Alves, presidente da província. "Grande deve ser este nome nas recor­dações de Deus e dos homens. Provém fama duradoura a funda­ção de uma cidade", diz o livro do Eclesiástico (XV, 19)"11.

Inácio Joaquim Barbosa, filho do Rio de Janeiro, foi designa­do presidente de Sergipe, por ato do Governo Imperial, em 7 de outubro de 1853. No dizer do Barão Homem de Melo, o novo presidente de Sergipe "não era um noviço em matéria de política e de administração", de vez que desempenhara antes, com su­cesso, o mandato de deputado, durante a 8ª legislatura, e o de secretário de administração da província do Ceará.

Com determinismo chegou em Sergipe Inácio Joaquim Bar­bosa. Após assenhorear-se dos problemas socioeconômicos e administrativos da província, decidiu mudar a sua capital de São Cristovão para a povoação de Santo Antônio de Aracaju.

Apoiado pelo Barão de Maroim, chefe do partido conserva­dor, então dominante, com ele assinou carta convite dirigida aos deputados para se reunirem no engenho "Unha de Gato", onde ­não obstante estarem fora da sede do Poder Legislativo, votaram a mudança da capital e a lei respectiva. Um deputado que partici­pou dos acontecimentos, assim testemunha: "O presidente Inácio Joaquim Barbosa fez uma convocação da Assembléia para o Aracaju - praia deserta mas para onde pretendia mudar a capital da província, atendendo a que ali era o porto principal, onde tinha alfândega etc., e onde poderia de futuro se estabelecer uma ci­dade mercantil e não ficar somente oficial como em quase meio­-século era o decadente município de São Cristovão"12. E prosse­gue o referido parlamentar: "Por tal causa cheguei no Aracaju no dia 2 de março achando o presidente em uma casinha dentro de uma roça de mandioca, tomando tal habitação como palácio pre­sidencial. Não achei outro pouso senão ali; e os demais colegas estavam espalhados por algumas casas de palha. Ligeiramente foi levantada uma casa para as sessões da Assembléia, e assim foi mudada a capital" (Ibidem).

Ali mesmo, naquela improvisação chamada "cidade", iniciou Guilherme Rebelo o curso primário, completando-o na capital da Bahia, para onde se transportou no ano de 1864, acompanhado de seus pais.

Em 1873 concluiu os preparatórios para o ensino superior, "no Colégio Parthenon Bahiano, sob as vistas de seu pai, funda­dor e diretor desse acreditado instituto"6.

Naquele mesmo ano ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, dela saindo em 1878, após ter logrado excelente con­ceito em todas as aprovações. Posteriormente conquistou o grau de farmacêutico, na mesma faculdade.

Um ano após sua formatura em medicina, foi nomeado 2° cirurgião do corpo de saúde do exército, no qual serviu durante sete anos, com sede no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia, sendo o seu desempenho elogiado em todas as guarni­ções por onde passou.

Em 1885, de regresso à Cidade do Salvador, submeteu-se a concurso na Faculdade de Medicina, sendo aprovado para pro­fessor adjunto de Anatomia e Fisiologia patológicas, cargo que mais tarde foi denominado "professor substituto" e logo em se­guida "professor extraordinário". Em 1894, também por concur­so, conquistou a cadeira de Patologia Geral, a qual ocupou de 1894 a 1901 , quando foi transferido para a sua antiga cadeira de Anatomia e Fisiologia patológicas e como seu catedrático permaneceu até o ano de 1916.

Por concurso, de igual modo, obteve a cátedra de língua in­glesa, no Liceu da Bahia. Armindo Guaraná, a respeito do con­curso de Guilherme Rebelo no Liceu da Bahia, diz o seguinte: "Conquistou no antigo Liceu, hoje Ginásio da Bahia, em outubro de 1890, a cátedra de professor de língua inglesa, após um con­curso, que lhe granjeou não só aprovação unânime da congrega­ção, como - fato ocorrido pela primeira vez e ainda não repetido - uma declaração na ata do julgamento feita pela congregação: "lamentando que a lei não lhe permitisse externar-se em uma manifestação de louvor ao candidato pelas provas magistrais por ele exibidas" (ata da sessão de 6 de outubro de 1890)6.

Por anos seguidos foi delegado fiscal do governo federal no "Ginásio São Salvador" e professor livre de filosofia; português e inglês nos melhores estabelecimentos de ensino.

Exerceu, com igual brilhantismo, várias atividades tais como membro do Conselho Sanitário do Ensino e do Conselho Médico­-Legal."

Guilherme Rebelo foi também clínico de renome, durante vários anos, nesta capital.

Ingressou na política em 1908, sendo inicialmente eleito para o Conselho Municipal da Cidade do Salvador. Foi eleito, logo de­pois, deputado estadual e como deputado estadual permaneceu durante dois biênios, "ocupando os postos de maior destaque e da mais elevada confiança política, dentre os quais o de membro da Comissâo de Finanças e relator da mesma Comissão"6.

Colaborou em diversos periódicos literários e científicos, tais como a "Revista dos Cursos", da Faculdade de Medicina e a "Ga­zeta Médica da Bahia" (da qual foi membro do corpo redacional).

Em 1919 foi eleito membro honorário da Academia Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. Sua cultura ampla e variada ensejou o domínio de várias línguas estrangeiras, tais como fran­cês, inglês, espanhol e italiano, além do latim.

Pertenceu a várias sociedades literárias e científicas, desta­cando-se - além das já referidas - a "Sociedade de Medicina e Cirurgia" do Rio de Janeiro, o "Instituto Geográfico e Histórico da Bahia", a "Sociedade de Medicina da Bahia" e a "Academia Bahiana de Letras".

De Eduardo Sá de Oliveira destacamos o seguinte: "Foi o dr. Guilherme Rebelo um professor insigne, tanto do curso superior, como do secundário. No primeiro, revelou-se um mestre de rara cultura, sobretudo no setor de Anatomia Patológica, tendo, com grande brilho, desempenhado as funções de diretor do Laborató­rio de Anatomia e Fisiologia Patológicas da faculdade, organiza­do pelo célebre professor Manuel Vitorino. No segundo, no ensi­no secundário, mostrou-se, por igual modo, provecto, particular­mente no cultivo da língua inglesa"9. É de sua autoria a versão em inglês, da Memória sobre o Estado da Bahia, do dr. Francisco Viana, em 1893.

JOSINO COTIAS

O quarto da nossa lista é o professor Josino Cotias, nascido na cidade de Estância, no dia 11 de maio de 1850. De Estância provêm muitos homens ilustres. Diz Epiphanio Dória: "Do seu úbere regaço saíram para as letras e para as ciências, para as artes e para á indústria, muitas das notabilidades de que se orgulIha o estado. À medicina deu, além de outros, Constantino, Fiel de Carvalho, Jesuino de Ávila, José Lourenço de Magalhães, João Sabino, os três irmâos Teles Menezes, Josino Cotias, Constâncio Soledade, Fabrício Vampré, Moreira de Magalhães, Ladislau Barreto, Paula Freire e os dois irmãos José Eduardo de Maga­Ihães"13.

Formou-se em farmácia no ano de 1871; em odontologia, no ano de 1873 e em medicina no ano de 1881. Todos os cursos foram realizados na Faculdade de Medicina da Bahia.

Iniciou sua carreira docente em 1893, quando conquistou, por concurso, o cargo de preparador de Física Médica. Candida­to aprovado em sucessivos concursos, a saber: lente substituto da 2º sessão, lente substituto da 5a sessão e professor catedráti­co de Medicina Legal. Exerceu a última função durante oito anos, de 1906 a 1914. Posteriormente foi transferido para a cadeira de Higiene (1914 a 1925), voltando para a cadeira de Medicina Le­gal, a qual ocupou até ser posto em disponibilidade, no ano de 1925.

Lecionou francês, geografia e história em diversos colégios, inclusive no Ginásio da Bahia e na Escola Comercial. "Culto e modesto, trabalhador e tolerante, inteligente e bondoso, foi o dr. Cotias, que possuía um verdadeiro espírito de filósofo, por todos proclamado, quer na cátedra, quer fora dela, verdadeiramente encantador, dado a sua simplicidade e vastidão de conhecimen­tos"9.


JOSÉ RODRIGUES DA COSTA DÓRIA

O quinto e último da série de grandes sergipanos, professo­res da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, no último século e no início do século presente, é o dr. José Rodrigues da Costa Dória, nascido em Propriá, no dia 25 de junho de 1859.

Fez preparatórios de 1875 no Atheneu de Aracaju, matricu­lando-se na Faculdade de Medicina da Bahia em 1877.

Recebeu o grau de médico em 16 de dezembro de 1881, na mesma faculdade. Exerceu a clínica em Laranjeiras, de 1883 a 1885, quando se transportou para a Cidade do Salvador a fim de concorrer à vaga de professor adjunto de Medicina Legal e Toxicologia, em cujo concurso conquistou o primeiro lugar.

Viveu o "Doutor Dória", como assim era chamado em Laran­jeiras, a "Idade de Ouro" daquela cidade. Naquela época (1878­1904) Laranjeiras "confirmou o seu título de "Atenas de Sergipe", aplaudindo nos teatros Santo Antônio e São Pedro os maiores atores nacionais, publicando os jornais "Horizonte", "Laranjeiren­se", "Republicano", "Cotinguiba", "Novo Século", "Gripho", cujas colunas foram iluminadas pelos cérebros brilhantes de Felisbelo Freire, Guedes Cabral, Fausto Cardoso, Barbusa, Manuel Curvelo, Josino Menezes, Moreira Guimarães, Balthazar Góes, Gervásio Barreto, e levantando templos à religião, à instrução, à caridade, ao civismo, como a Igreja de Santaninha, o templo presbiteriano, o Liceu Laranjeirense, colégios: Inglês, Americano e Santana, Coração de Jesus, Gabinete de Leitura, clubes dramáticos e re­publicanos, de onde saíram os primeiros dirigentes da República em Sergipe, sendo Laranjeiras glorificada até na Europa pelo pin­cel mágico de Horácio Hora"14.

Nomeado por decreto imperial de 28 de novembro de 1885, permaneceu José Rodrigues Dória como professor adjunto de Medicina Legal e Toxicologia, até 1888, quando prestou concur­so para a cadeira de Patologia Médica, vaga com a morte do conselheiro Demétrio Tourinho. Em 1981, foi nomeado substituto da 2º seção (reforma Benjamim Constant). No mesmo ano tor­nou-se catedrático de Medicina Legal da Faculdade Livre de Di­reito da Bahia, o qual foi um dos fundadores.

Inaugurou assim a tradição da cadeira de Medicina Legal daquela Faculdade ser ocupada por professor da Faculdade de Medicina: É o que ocorreu mais recentemente, com os professo­res Estácio de Lima e Maria Tereza Pacheco.

Em 1892 foi nomeado lente catedrático de Botânica e Zoolo­gia médicas da Faculdade de Medicina da Bahia, "cadeira essa que depois se transformou em História Natural Médica e, por fim, Parasitologia"9. Em 1895 foi eleito conselheiro municipal da Cida­de do Salvador- cargo que exerceu de 1895 a 1891. Em 1897 foi eleito deputado federal por Sergipe e como deputado federal per­maneceu por quatro legislaturas.

Nessa época Sergipe lutava pela construção do seu hospi­tal. "A história da construção do hospital – diz Ariosvaldo Figueiredo - é antiga e complexa; envolve o estado e a sociedade civil, diz respeito à saúde e à medicina em Sergipe, sabidamente difíceis, precárias, dramáticas. O estado é rico, mas o povo é pobre. Po­bre, de modo especial, de emprego, conforto e justiça. E de hos­pital. A população tem dificuldades para cuidar das suas doen­ças, apela para a flora, cada casa faz seu chá, cada cozinha in­venta uma "mesinha", cada sergipano, bom brasileiro, vira médi­co"15. E acrescenta: "José Rodrigues da Costa Dória, médico e político, conhecido e prestigiado na Bahia e em Sergipe, batalha em defesa do Hospital Santa Isabel (precário e único hospital, até então existente). Em novembro de 1906 apresenta projeto na Câmara dos Deputados, fazendo passar, gratuitamente, para a Associação Aracajuana de Beneficência, os terrenos do encape­lado de Santo Antônio. O projeto é aprovado em 1907 e, na forma do Decreto n° 2.995, de 29-09-1915, o presidente da República é autorizado a ceder à referida associação as terras do encapelado,' atual e futura garantia material e patrimonial do Hospital Santa Isabel. Nada paga a iniciativa, ninguém tem mais serviços presta­dos ao hospital do que Rodrigues Dória" (Ibidem). A Associação Aracajuana de Beneficência, em sessão extraordinária, faz de Rodrigues Dória sócio benemérito e, logo após, o elege presi­dente de vez que, até com recursos próprios, Rodrigues Dória contribuiu para a construção do novo hospital.

A respeito do antigo hospital, relata Augusto Leite, grande clínico e figura de excepcional realce: "Contava Aracaju, em 1909, cerca de 30.000 habitantes. A cidade estendia-se em longas e estreitas faixas, à margem do rio. Não tinha transporte. Não tinha calçamento. Visitávamos os doentes, a pé, vencendo morros de areia, quantas vezes, de fraque, bengala e chapéu duro. Por esse tempo, reinavam o curandeirismo e as benzedeiras. Tornaram-se famosos, em Sergipe, os curandeiros Canuto, em Aracaju; em Propriá, Ezequiel”16. E continua: "Era ainda pequeno, o corpo clí­nico da cidade. Os médicos exerciam a clínica absolutamente desaparelhados. Firmavam o diagnóstico das moléstias, fiados tão-somente nos dados colhidos no exame direto do doente. Os seus únicos instrumentos de exploração clínica eram o termôme­tro e o estetoscópio mono-auricular. Não havia laboratório. O pró­prio médico fazia o exame de urina, circunscrito, tão-somente, à verificação da densidade, da reação e às pesquisas qualitativas de albumina e açúcar. Não iam além. Contavam apenas com a sua acuidade clínica. Excediam-se, na dedicação; faziam visitas de amigos. Tiravam o maior partido da sua observação e experi­ência. Serviam-se das mãos, dos olhos, dos ouvidos. Até do olfato e do gosto se valiam. Faziam milagres. Os milagres da clínica, dessa clínica hoje nem sempre reconhecida e louvada."

"Havia um só hospital, na cidade - o Santa Isabel. Hospital paupérrimo, também sem raios-X e sem laboratório. Não possuía autoclave. Possuía apenas, alguns instrumentos cirúrgicos, al­guns vidros de ventosas e um termo-cautério de Pequelin.

"Os doentes eram distribuídos, segundo o sexo, pelas duas únicas enfermarias, indiferentemente, doentes de moléstias agu­das ou crônicas; infecciosas ou não. Ocupavam camas ou estei­ras. Não havia lugar especial para as crianças.

"Eram lamentabilíssimas, pois, as condições higiênicas do hospital. Basta que eu vos diga - acrescenta Augusto Leite - que Pimentel Franco, chefe do serviço de mulheres, quando visitava a sua enfermaria, fazia-se acompanhar ordinariamente, de um empregado com um fogareiro, a queimar incenso ou alcatrão" (Ibidem).

Esse o hospital que Rodrigo Dória, com o seu idealismo e desprendimento, procurou transmudar, transferindo-o para novas e dignas instalações. Sua filantropia, no entanto, não se resumiu ao Hospital Santa Isabel. Posteriormente quando mais uma vez deputado, mandou distribuir cinco contos e oitocentos mil réis, "proveniente de ajuda de custo e quatro meses de sessões na Assembléia Constituinte, com hospitais de Aracaju, Propriá, Es­tância, Laranjeiras, Maroim, Rosário, Riachão, Simão Dias e es­colas, orfanatos e asilos"15. Ariosvaldo Figueiredo acrescenta: "Quando presidente de Sergipe (1908 a 1911 ), com receita anual de apenas mil contos, gastou duzentos e vinte contos com á cons­trução da Escola Normal" (Ibidem).

"Deputado atuante, corajoso, mesmo com "estado de sítio", muita gente, até congressistas presos em conseqüência do aten­tado à vida do presidente Prudente de Morais, Rodrigues Dória visita seu colega da Faculdade de Medicina, Manoel Vitorino Pe­reira, vice-presidente da República, impedido de sair de casa, praticamente preso, um dos suspeitos nas investigações oficiais"15.

Em 1915 representou o Estado da Bahia, a Faculdade de Direito, o Instituto Histórico e Geográfico e a Sociedade de Medi­cina Legal e Criminologia da Bahia, no 2° Congresso Científico Pan-americano, realizado em Washington. Em 1916, represen­tou a Faculdade de Direito no 1° Congresso Médico Paulista. Em 1918 tornou-se sócio correspondente da Academia Nacional de Medicina do Rio de Janeiro.

Mais uma vez deputado pelo Estado de Sergipe, no triênio 1918-1920. Em 1934 foi eleito deputado por Sergipe à Assem­bléia Nacional Constituinte e em 1937 foi eleito deputado estadu­al, mais uma vez, em sua terra natal.

Afirma Garcia Moreno que o melhor trabalho de Rodrigues Dória é o que publicou sobre a maconha, em 1915. Diz textual­mente: trabalho hoje clássico, que assinala o ponto inicial das pesquisas brasileiras a respeito do assunto"17.

Acrescenta Ariosvaldo Figueiredo: "Rodrigues Dória estuda e conhece o outrora denominado "pito do pango" ou "fumo de Angola". Segundo suas declarações ao jornal carioca "A Noite" edição de 21 de agosto de 1935, foram os escravos que trouxe­ram o vício da maconha. Cita a Câmara Municipal do Rio de Ja­neiro, sessão de 4 de outubro de 1830, que proíbe a venda e o uso da maconha, multados o vendedor em vinte mil reais e os escravos e mais pessoas, em três dias de cadeia"18.

"Rodrigues Dória reforma a instrução pública, institui o servi­ço de identificação datiloscópica, constrói e inaugura o novo edi­fício da Escola Normal, instala a Escola de Aprendizes Artífices e torna efetiva a exigência de concurso no preenchimento dos car­gos de magistério e do tesouro, então muito concorridos" (Ibidem).

Caráter reto e exemplar, quando presidente de Sergipe acom­panhou o concurso do professor Abdias Bezerra à cadeira de fran­cês, no "Atheneu Sergipense" e resistiu às pressões da politica­gem local, de modo que a Carvalho Neto, disse certa feita o se­guinte: "Carvalho Neto, meu amigo, Abdias Bezerra concorreu com vinte e três candidatos, os dois que entraram com ele no concurso e os vinte e um que mandaram pedir a cadeira!"19.

A propósito do presidente Dória, o jornal "Folha de Sergipe" edição de 23 de março de 1911, diz que o ilustre homem público e professor, tomando conhecimento do pedido de uma professora da cidade de Boquim que deseja no último período de gravi­dez, noventa dias de licença, examinou o pleito e exarou um des­pacho até hoje famoso, nos seguintes termos: "Concedo a licen­ça sem vencimentos visto não constituir moléstia o estado da suplicante nem situação independente da sua vontade."

Apesar de ter morado muitos anos fora de Sergipe, de modo particular na Bahia, Rodrigues Dória costumava dizer: "Nasci e criei-me sergipano e sergipano desejo morrer."

Seu desejo foi cumprido. O destino é força poderosa que traça o nosso fim sem indagar a nossa vontade. Cada um de nós é propriedade divina, é parte da imensa luz que nos ilumina. O romancista inglês Charles Morgam - diz Walter Cardoso - "nos compara a homens à noite numa sala vivamente iluminada por pequenas lâmpadas, lâmpadas que são a alegria e os prazeres dos nossos sentidos e que nos impedem de ver a grande noite divina, carregada de estrelas, na qual mergulhamos". E Walter Cardoso completa seu raciocínio, dizendo: "Vivemos em plena luz divina. Deus nos cerca por todos os lados, mas muitas vezes os nossos olhos são íncapazes de avístar a Sua luz"20.

Efetivamente, a 14 de junho de 1938, na Cidade do Salva­dor, "ao descer de um bonde para ir à farmácia - onde compare­cia diariamente, seu paletó ficou preso no banco do veículo e ele, Rodrigues Dória, foi arrastado e, em conseqüência, morreu em plena via pública"21.

Extinguiu-se assim a vida exuberante e bela de José Rodrigues da Costa Dória, um dos mestres mais insignes da nos­sa Faculdade de Medicina. Ele próprio, um traço de união entre a Bahia e Sergipe.

A propósito do seu sepultamento, Sá de Oliveira disse o se­guinte: "Quando da inumação do corpo do dr. Rodrigues Dória, foram prestadas homenagens especiais a esse eminente profes­sor e notável político, não somente por todas as classes da Bahia, mas também pelo seu estado natal, Sergipe. Em verdade foram todas essas homenagens muito justas, por se tratar de um varão que alcançou tão altas posições exclusivamente pela nobreza do seu caráter e pelo seu espírito peregrino"9.

Senhores Professores, Senhores Alunos, ilustres convida­dos, Minhas Senhoras e Meus Senhores:

Muitos sergipanos contribuíram para a grandeza da Bahia. Eu todavia, me contento com este punhado. Contemplando-os, faço minhas as palavras de Noel, dizendo:

"Há uma rocha no meio do oceano e uma árvore em pleno deserto, impedindo que pássaros como estes pereçam em tão longos e impetuosos vôos!"


















BIBLIOGRAFIA


1 DINIZ, Diana Maria de Faro e outros. Textos para a história de Sergipe. Universidade Federal de Sergipe, Banese-Aracaju, 1991 .

2 NUNES, Maria Thetis. História de Sergipe a partir de 1820. Inst. Nacional do Livro. Brasília, 1978.

3 FREIRE, Felisbelo. História de Sergipe. Pétropolis, ed. Vozes Ltda. Reeditado pelo Governo do Estado de Sergipe ­Aracaju, 1977.

4 ROLEMBERG, Dalila Costes. Coelho e Campos na História de Sergipe. Revista de Aracaju, ano VI, N° 6: 133 a 136.Aracaju, 1957.

5 SILVEIRA, Junot. O romance de Tobias Barreto. Centro Gráfico do Senado Federal. 2º edição. Brasília, 1989.

6 GUARANÁ, Manuel Armindo Cordeiro. Dicionário Bio-bibliográ­fico Sergipano. Edição do Estado de Sergipe. Oficinas da Empresa Gráfica Ltda., S. Paulo. Pongeti e CIA. Rio, 1925.

7 FREIRE DE CARVALHO FILHO, José Eduardo. Notícia Históri­ca sobre a Faculdade de Medicina da Bahia. Tip. Bahiana de Cincinato Melchiades. Bahia, 1909.

8 AMARAL, Braz do. A Sabinada. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, N° especial. Bahia, 1909.

9 SÁ DE OLIVEIRA, Eduardo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia: concernente ao ano de 1942 - Cen­tro Editorial e Didático da Universidade da Bahia.

10 MONIZ, Gonçalo. A Medicina e Sua Evolução na Bahia. Im­prensa Oficial do Estado da Bahia. Salvador, 1923.

11 FONTES, José Silvério Leite. Aracaju e a cidade cristã. Revista de Aracaju, ano VI, n° 6: 9-19. Aracaju, 1957.

12 SANTIAGO, Enoch. Mudança da Capital. Revista de Aracaju, ano VI, n° 6: 23-26. Aracaju, 1957.

13 DÓRIA, Epiphanio. Dr. Eduardo de Magalhães. Rev. Da Acade­mia Sergipana de Letras, ano V, n° 8: 66-77. Aracaju, 1936.

14 OLIVEIRA, Philadetpho Jonthas de. Registro de Fatos Históricos de Laranjeiras. 2º edição - Subsecretaria de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Sergipe ­Aracaju, 1981.

15 FIGUEIREDO, Ariosvaldo. História Política de Sergipe. 2º volu­me. Sociedade Editorial de Sergipe -Aracaju, 1889.

16 LEITE, Augusto. Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, no dia 18-01-1959, durante o jubileu de sua formatura.

17 MORENO, Garcia. Doce Província. Livraria Regina. Aracaju, 1960.

18 FIGUEIREDO, Ariosvaldo. História Política de Sergipe. 1º volu­me. Aracaju, 1986.

19 NETO, Carvalho. Reminiscências. Revista da Academia Sergi­pana de Letras. N.º 12, setembro, 1947. Aracaju, 1937.

20 ROLEMBERG, F. Guimarães, CARDOSO, Walter e MORENO, Garcia. Discursos na Academia Sergipana de Letras ­Aracaju, 1979.

21 CAMPOS, Edilberto de Souza. A Passagem do Século. Crôni­cas (5 volumes). Aracaju, 1936/1939.


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