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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

AVULSO- MÉDICOS E CIRURGIÕES DO BRASIL COLÔNIA

 

 

   SINCERO AGRADECIMENTO AOS

MÉDICOS E ESTUDANTES DE MEDICINA DE

PORTUGAL PELO INCENTIVO AO

DESENVOLVIMENTO DESTE

BLOG
 
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LISBOA, PORTUGAL 
 
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AOS AMIGOS DO EXTERIOR
 
 
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AVULSO-  MÉDICOS E CIRURGIÕES

DO BRASIL COLÔNIA


                                         Geraldo Leite

A medicina, ao contrário do que muitos pensam, sempre foi uma profissão desprestigiada no Brasil, pelo menos até a instalação das nossas duas escolas médico-cirúrgicas, em 1808.

Existiam no Brasil colônia dois tipos de profissionais da medicina: o médico (também chamado “físico”) e o cirurgião.

Médico, portanto, não era sinônimo de cirurgião. Eram profissionais de condição humilde e dotados de pouca instrução. Socialmente, não passavam de artezões.

Havia 3 tipos de médicos: o licenciado (com 4 anos de estudo), o bacharel (com 5 anos de aprendizado)e o doutor (com 6 anos de prática). Os cirurgiões eram também de 3 tipos: o “cirurgião barbeiro”, o qual praticava com um mestre de cirurgia, em hospital, durante 3 anos; o cirurgião aprovado que praticava com um preceptor, em um hospital, durante 4 anos e o “cirurgião formado”  que estudava, durante 5 anos, em uma Escola de Cirurgia.

O “físicos diplomados”, além de terem pouco prestígio, eram muito poucos. Durante os dois primeiros séculos da colonização, em nenhum momento, tivemos mais de 10 em todo o país.

Nenhuma família de prestígio ou renome possuia um médico ou um cirurgião formado entre os seus membros.

A formação do “cirurgião barbeiro” (tipo mais comum de profissional da medicina) era puramente informal. Consistia no aprendizado com umprofessordurante 4 anos. Nos séculos XV e XVI o aluno prestava exame perante o juiz de ofício o qual era um cirurgião nomeado pela Câmara. Nos séculos XVII e XVIII os alunos passaram a ser examinados por um Comissário ou Delegado do Cirurgião-Mor do Reino. No final do século XVIII e no início do século XIX o estudante comparecia ao exame perante o comissário ou delegado da Real Junta do Protomedicado. Em todos os casos, o diploma de aprovação era passado pelo Cirurgião-Mor do Reino ou pelo Presidente da Junta do Protomedicado.

No final da colonização teve início o ensino formal, o qual consistia inicialmente na formação do chamado “cirurgião aprovado”. Esse ensino oficial consistia em um aprendizado em hospital credenciado pelo governo (hospital São José e Hospital de Todos os Santos, em Lisboa; Hospitais Militares e Hospitais das Santas Casas, no Brasil). Em Vila Rica, São Paulo Rio de Janeiro e Recife, estavam localizados os hospitais mais credenciados.

Concluído o aprendizado em um desses hospitais, o candidato se submetia ao exame, na formapouco descrita.

Os fundadores do ensino médico no Brasil, isto é, José Correia Picanço (Barão de Goiana), José Soares de Castro e Manoel José Estrela, não eram médicos nem cirurgiões formados. Eram, apenas, cirurgiões aprovados.

O ensino informal consistia, em resumo, no seguinte: contando 13 ou 14 anos de idade, alfabetizado ou não, o candidato ajustava-se como empregado ou ajudante de um cirurgião, passava a residir na casa do mestre e este o ensinava a sercirurgião barbeirooucirurgião aprovado”, conforme o caso. O “cirurgião barbeiroera um tipo de profissional menos sofisticado que sabia sangrar, sarjar (escarificar), aplicar ventosas e sanguesugas, fazer barba e cortar cabelo. O “cirurgião aprovado” e mais:  reduzia luxações, tratava fraturas e traumatismos, pensava ferimentos e ulcerações, amputava, extraia balas, arrancava dente, tratava doenças dos olhos, aplicava clisteres, escalda-pés e sinapismos.

O ensino formal da medicina começou, no continente americano, pelo ensino da cirurgia. A primeira Escola de Cirurgia surgiu em 1551, na Universidade de São Marcos, no Peru. A Segunda foi inaugurada em 1553, na Universidade do México. A terceira, em 1636, na Universidade de Córdoba, na Argentina, e 1710.

No Brasil, o desenvolvimento foi tardio. A primeira Escola de Cirurgia surgiu em 1808, na Bahia. A Carta Regia de sua criação data de 18 de fevereiro de 1808. A Escola funcionou no edifício antigo Colégio dos Jesuítas, localizado no terreiro de Jesus, sede do Hospital Militar. Foram 2 os professores nomeados pelo Cirurgião Mor do Reino (José Correia Picanço, Barão de Goiana): Manoel José Estrela, para ensinar cirurgia (“cirurgião aprovado” pelo Hospital São José, de Lisboa) e José Soares de Castros, para ensinar anatomia (igualmente aprovado no Hospital São José de Lisboa).

A Escola de cirurgia do Rio de Janeiro foi a Segunda do Brasil. Ela foi criada em 7 de março de 1808.





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