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By Ferramentas Blog

sábado, 19 de fevereiro de 2011

289- RAPHAEL DE MENEZES SILVA (RAPHAEL MENEZES)

              289- RAPHAEL DE MENEZES SILVA

                          (RAPHAEL MENEZES)


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NOSSA SAUDAÇÃO AOS MÉDICOS E
ESTUDANTES DE MEDICINA DE
 PORTUGAL
TORRE DE BELÉM
LISBOA, PORTUGAL
*
AOS BRASILEIROS QUE ESTÃO NO
 EXTERIOR, NOSSO ABRAÇO
TORRE DE LONDDRES
LONDRES, INGLATERRA
 
 
Nasceu no albor do século vinte, demonstrando, desde os primeiros anos, grande inclinação para a medicina.
Concluídos os estudos iniciais, fez os preparatórios e, em 1917, ingresou na Faculdade de Medicina da Bahia.
Recebeu o grau de doutor em Medicina em 1922, ao lado de Eduardo de Sá Oliveira, Heitor Praguer Fróes e Paulo Rocha Pirajá da Silva. Os dois primeiros, tornaram-se professores catedráticos da Faculdade, e o último – Paulo Rocha Pirajá da Silva - filho de Manuel Augusto Pirajá da Silva (o descobridor do Scistosoma mansoni ), foi, ao lado de Heitor Praguer Fróes, um dos  primeiros alunos agraciados com o Prêmio Professor Alfredo Thomé de Brito, criado em 1921 (4).
Em 1927, Raphael Menezes tornou-se professor catedrático de Anatomia Descritiva.
Suas aulas obedeciam a um ritual solene. O Professor era precedido pelos assistentes,  Milton de Uzeda Vilela e Ofélia Gaudenzi, os quais anotavam  as cadeiras que estavam vazias. As cadeiras eram numeradas de modo bem visível. Depois entrava o mestre, com imponência e majestade. Os alunos se levantavam, e aguardavam a ordem para retornar aos seus assentos. O professor cumprimentava os discípulos e iniciava a aula reproduzindo Testut e outros luminares da anatomia. As citações envolviam numerosos anatomistas, o que demonstrava sua ampla cultura, no âmbito de sua especialidade.
“O Prof. Raphael Menezes, disse Ib Gatto Falcão, “soubemos ser muito exigente, sendo o número de aprovados mínimo em relação ao de freqüentadores do curso. Ele nos obrigava a ler o tratado de Tesstut, tanto quanto o de Testut e Latarget, em francês, com cinco volumes” (2).
‘O mestre Raphael de Menezes, como ele exigia ser chamado, aquela impressão de professor à antiga – bedéis, lugares marcados, aplausos no fim das aulas, ameaça de perder o ano logo no início do curso, guardava distância mais do que regulamentar, o que era um tanto amenizado pelos assistentes” (1).
Com o perpassar do tempo,quando o curso já estava bastante adiantado, o Professor Raphael, abrandava suas maneiras e se tornava simpático, pelo menos para os alunos que mais se aplicavam no estudo da disciplina.
Decorridos alguns anos depois da minha formatura, quando eu era Presidente da Fundação Universidade de Feira de Santana e estava prestes a me tornar Reitor, o Prof. Raphael de Menezes me telefonou e, em virtude de já estar aposentado, comunicou seu desejo de entregar à Universidade Estadual de Feira de Santana sua vultosa biblioteca de anatomia (3).
Foi assim que a UEFS adquiriu mais de dois mil volumes dos melhores anatomistas.
À inauguração da Universidade, em 31 de maio de 1976, fez questão de comparecer, com a família.
Faleceu poucos anos depois, quando residia no novo apartamento, no elegante bairro da Vitória.

FONTES BILBIOGRÁFICAS:
1.       Cruz, Thomaz Rodrigues da – Discurso pronunciado na solenidade de comemoração dos 30 anos de formatura. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume 11, dezembro. Salvador, 1998.
2.       Falcão, Ib Gatto – A Faculdade de Medicina da Bahia, na década de 1930. Disponível em http:// www.gmbahia. ufba.br/ índex.php/bahi a/article/viewfile/62/56. Acesso em 30 de novembro de 2009.
3.       Leite, Geraldo – Reminiscências. Feira de Santana, 2007.
4.       Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 2008.

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