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By Ferramentas Blog

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

267- MATHIAS MARIANI BITTENCOURT

267- MATHIAS MARIANI BITTENCOURT
MATHIAS MARIANI BITTENCOURT
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Nasceu em 21 de abril de 1904, sendo seus pais o Desembargador Pedro Ribeiro de Araújo Bittencourt e Ana Maria Mariani Bittencourt.
Em 1922, Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual concluiu o curso médico em 1927.
Seu primeiro trabalho depois de formado foi no Hospital Português da Bahia, acompanhando, gratuitamente, seu mestre Prof. Fernando Luz.
Diante dos relevantes serviços prestados, a diretoria da Real  Sociedade Portuguesa de Beneficência o nomeou médico do Hospital, e, com o falecimento do Prof. Fernando Luz, ocupou a diretoria do referido nosocômio, até 1977.Capítulo da Bahia; membro do Colégio Internacional de Cirurgiões; diretor, durante muitos anos,  do Hospital Português (da Real Sociedade Portuguesa de Beneficência), diretor médico do Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas e da Caixa Econômica Federal, diretor da Divisão Hospitalar do Estado da Bahia, foi o Dr. Mathias Mariani Bittencourt uma das figuras mais representativa da classe médica baiana.
Muitas foram as homenagens que recebeu durante sua vida profissional, inclusive do Rei Jorge VI, da Inglaterra, pelo serviços prestados aos marinheiros britânicos que, durante a II Grande Guerra, aportaram em Salvador.
Idêntica homenagem lhe foi tributada pelo Governo Português.
 “A educação, a lhaneza do trato, a uniformidade da conduta o tornavam invariavelmente simpático e acolhedor, manso e cordial, na modéstia de um comportamento exemplar e cativante. Não sabia o que era afetação. Falava com naturalidade e brandura. Sua palavra envolvia de calor humano o interlocutor. Quantos o conhecessem, dele logo se tornavam amigos. Passavam a admirar-lhe as superiores qualidades. Pertencia à grel dos que não mudam nunca. Firme de caráter, sempre igual e correto, era amigo dos amigos, estivessem eles no poder ou fora dele” (1).
Dotado de inigualável bom gosto, era um dos maiores colecionadores de arte e de móveis do país.
“Espírito refinado, homem de bom gosto, sabia apreciar um móvel antigo, um prato de Macau, da Companhia das Índias; e dedicava à imaginária um apreço especial” (Ibidem).
Faleceu em 14 de maio de 1983.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       Real  Sociedade Portuguesa  de  Beneficência  Dezesseis  de Setembro-
Centenário   de   Dr.   Mathias   Mariani   Bittencourt.   Disponível     em
18 de novembro de 2009.
2.       Sá Menzes, Jayme de – Mathias Mariani Bitencourt. Na Senda da Historia e das Letras. Salvador, 1994.


APÊNDICE
“O ANTIGO HOSPITAL PORTUGUÊS (1886-1931)”
(Extraido de Nogueira Britto, AntonioCarlos – A Medicina Baiana
 nas Brumas do Passado. Salvador, 2002)


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“No remansado monastério da Sagrada Família, no alto do Bonfim, em Salvador, religiosos e leigos católicos erram, nos dias atuais, através dos seus labirínticos corredores, contemplativos e enlevados, no exercício de forte experiência de Deus, durante retiros espirituais.
Nos tempos pretéritos, de setembro de 1866 até junho de 1931, ali funcionava o primitivo Hospital Português.
No meado do século XIX, a laboriosa colônia lusa idealizou, em Salvador, a “Sociedade Portuguesa Dezesseis de Setembro”, com a finalidade caritativa, em um jantar “campreste”, realizado no “arrabalde da Victoria”, no dia 16 de setembro de 1856, criando-se a sociedade com 47 signatários no dia 1º de janeiro de 1857, na residência do cidadão Marcos José dos Santos, à rua Direita do Palácio, atual rua Chile, sendo o mesmo eleito presidente da primeira diretoria em 30 de março.
No dia 14 de agosto de 1859, foi aprovado definitivamente a fusão da “Sociedade Portuguesa Dezesseis de Setembro” com outra entidade, fundada a 20 de setembro de 1857, a denominada “Sociedade Portuguesa de Beneficência”, passando a novel associação, com a junção, a ser intitulada de “Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de Setembro”.
A outra agremiação, a “Sociedade Portuguesa de Beneficência”, foi fundada em assembléia levada a efeito na sala de sessões da Sociedade Monte Pio da Bahia, que funcionava na propriedade do Trapiche Gomes, à rua Julião n. 32, e tinha como finalidade celebrar o dia 16 de setembro, natalício de Sua Majestade, o Senhor D. Pedro V, além de remeter, mensalmente, donativos destinados às “Casas da Infância desvalida de Lisboa”, e de “proteger os seus associados, os portugueses indigentes, naufragados”, isto é, arruinados.
A diretoria para o exercício de 1863-1864, durante a inauguração de um pavimento inteiro, alugado em prédio da rua das Princesas, atual rua Portugal, no ensejo do descerramento do retrato de S.Majestade, El-Rei D.Luiz 1º , lançou a idéia de criação de um hospital para os “portugueses infelizes”, sendo feita, na oportunidade, uma subscrição entre os circunstantes, tendo a quantia subscrita elevada a perto de treze contos de Reis.
Durante a diretoria para o período de 1863-1864, o sócio Gabriel Osório de Barros apresentou proposta, aprovada pela assembléia geral, e autorizada pela diretoria, para a aquisição de um prédio destinado a instalação do hospital, tendo a diretoria do exercício de 1864-1865, comprado, no alto do Bonfim, um edifício pela quantia de zesis contos de Reis,  adquirido aos herdeiros do Dr.Evaristo Ferreira de Araújo. O engenheiro civil Ladislau Videck, húngaro, projetou a planta do hospital, que teve a sua construção iniciada, sob a supervisão do diretor José da Silva Bastos, e inaugurado em 16 de setembro de 1866, custando as obras Rs.47:467$765”





Um comentário:

  1. Conhecí pessoalmente o Dr.Mathias Marianni Bittencourt, quando diretor do Hospital Português, e eu como propagandista farmaceutico em 1975, e posso afirmar que além de grande médico, era um ser humano sem igual.

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