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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

257- MANOEL LADISLAU ARANHA DANTAS

257- MANOEL LADISLAU ARANHA DANTAS
(PRIMEIRO SERGIPANO FORMADO EM
MEDICINA)
DICIONÁRIO BIOGRÁFICO DE MÉDICOS
DE SERGIPE
*

Nasceu em São Cristóvão, então capital da Província, em 24 de junho de 1810, sendo seus pais Policarpo José de Santa Rita Dantas e Maria Rosa Aranha Dantas.
Não obstante os poucos recursos de sua cidade natal, adquiriu os conhecimentos necessários e, em 1827,  rumou para a capital baiana, onde, naquele mesmo ano, se matriculou na Escola Médico-Cirúrgica.
Diplomou-se em cirurgia, no dia 6 de dezembro de 1832. A 26 de março do ano seguinte foi promovido, por concurso, para a cadeira de Filosofia, em São Cristóvão. Antes, ocupara, interinamente, a cadeira de Latim.
Concluído o tirocínio acadêmico, ocupou, por decreto de 6 de agosto de 1833, o cargo de lente substituto da Seção Cirúrgica.
 Recebeu o grau de doutor em Medicina, em 7 de novembro de 1835.
Em 1837, conquistou, por concurso, a cadeira de Patologia Externa.
“Com a morte do Prof. Lino Coutinho, foi posta em concurso a referida cadeira e a ela concorreram os substitutos da Seção de Cirurgia, Aranha Dantas e Francisco Sabino Alves da Rocha, cabendo a Aranha, por méritos, o provimento nessa cadeira. Sabino Alves não se conformou com a derrota, que coincidia naquele momento com a rebelião de caráter separatista e republicano conhecido pelo nome de Sabinada, que teve em Sabino, e daí a origem do nome, seu maior líder. Além de Sabino, participaram do movimento os lentes de Física e Medicina Legal Vicente Ferreira Magalhães e João Francisco de Almeida, respectivamente, e alguns alunos da referida instituição” (Lúcio Prado).
Em decorrência desse levante a Faculdade teve suas atividades suspensas durante dois anos consecutivos.
Aranha Dantas, a partir desse concurso, tornou-se um dos médicos de maior prestígio na Bahia.
Passado o episódio, continuou Aranha Dantas na cátedra, durante quatro décadas.
Em 1849, foi distinguido com a Ordem da Rosa, e nela promovido,em 1860.
Em 1858, recebeu o Hábito da Ordem de Cristo, pelos serviços prestados durante a epidemia de cólera que devastou a cidade.
No mesmo ano, foi nomeado para o Conselho de S.M.I.  D. Pedro II.
Recebeu outros títulos e honrarias, ocupou vários cargos de relevância, pertenceu a diversas entidades culturais e científicas e publicou vários trabalhos, dos quais destacamos o “Curso de Patologia Externa”, editado em 1847, e considerado um dos primeiros compêndios para estudantes de Medicina, em nosso país.
De sua autoria é a Memória Histórica da Faculdade Medicina, relativa ao ano de 1855.
Em 1866, participou da Guerra do Paraguai, naufragando em viagem, na praia de Santa Rosa (Uruguai). Nomeado inicialmente para servir nos hospitais militares de Montevidéu e Corrientes, passou, depois das batalhas de Curuzu e Curupaiti, a primeiro médico do hospital brasileiro daquela cidade, “de onde, por dissabores ocasionados pelo comandante militar brasileiro ali estacionado, regressou para o Brasil, chegando à Bahia a 11 de novembro do mesmo ano” (Guaraná).
Foi jubilado, a pedido, em 8 de novembro de 1873.
Faleceu, na capital baiana, em 4 de novembro de 1875.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       Freire de Carvalho Filho, José Eduardo – Notícia Histórica sobre a Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 1909.
2.       Guaraná, Armindo – Dicionário Histórico-Biográfico de Sergipe. Aracaju, 1926.
3.       Prado,  Lúcio     Manoel  Ladislau   Aranha  Dantas. Disponível   em http://www.infonet.com.br/lucioprado/ler.asp?id=51757&titulo=Lucio.Acesso em 21 de novembro de 2009.
4.       Sá Oliveira, Eduardo de – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
5.       Samarone de Santana, Antônio; Prado Dias, Lúcio Antônio; Gomes Andrade, Petrônio – Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe. Aracaju, 2009.


BRASÃO DO ESTADO DE SERGIPE

                                                            







APÊNDICE 

MÉDICOS SERGIPANOS NASCIDOS NA BAHIA E MÉDICOS BAIANOS NASCIDOS EM SERGIPE

(Fontes: Samarone de Santana, Antônio; Prado Dias, Lúcio

 Antônio; Gomes Andrade, Petrônio – Dicionário Biográfico de

Médicos de Sergipe. Aracaju,2009 / Cruz, Thomaz –Perfis do Meu

 Apreço. Salvador, 2007).


DR.  AUGUSTO LEITE, UMA DAS EXPRESSÕES
MAIS ALTAS DA MEDICINA SERGIPANA
(HOSPITAL DE CLÍNICAS DR. AUGUSTO LEITE-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
-ANTIGO HOSPITAL DE CIRURGIA, ARACAJU, SE.-


*

Inúmeros são os médicos baianos nascidos em Sergipe. Do mesmo modo, incontáveis são os médicos sergipanos nascidos na Bahia.
Afirma Prado Dias que, “no período compreendido entre 1808 (ano da fundação da FAMED) e 1900, segundo dados oficiais da instituição, 124 formandos eram procedentes de Sergipe, sendo o estado brasileiro que mais enviou estudantes para a Faculdade, excetuando-se, obviamente, a própria Bahia”.
Muitos desses sergipanos permaneceram em terras baianas, contribuindo para o engrandecimento da medicina local. Dois foram reitores de universidades, Macedo Costa e Geraldo Leite. Dois foram diretores da tradicional Faculdade da Medicina, vetusto berço da medicina brasileira: (João Francisco de Almeida (1844 a 1855) e Thomaz Rodrigues da Cruz (1991 a 1996).  Um foi Diretor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Geraldo Leite- 1993-2001)) e fundador da primeira universidade do interior da Bahia (Geraldo Leite- 1976).
Diversos filhos de Sergipe Del´Rey ilustraram o corpo docente das duas primeiras faculdades de medicina de Salvador, destacando-se dentre eles, além dos citados, Menandro de Farias, Maria de Lourdes Rocha Santos Burgos, Anita Franco Teixeira, Antônio Carlos Macedo de Carvalho, Gilson Soares Feitosa, Adelmo Botto de Barros, Enio Maynard Barreto (atual vie-diretor da Escola  Bahiana de Medicina e Saúde Pública), Ailton Melo, José Américo Silva Fontes, etc.
Dentre os baianos ilustres, diplomados pelas faculdades de medicina da Bahia e que ilustram e/ou ilustraram a medicina, em Sergipe, podemos citar Jerônimo Sodre  Pereira, Armando Domingues da Silva, Benjamin Alves de Carvalho, Gileno da Silveira Lima, Lourival Baptista, Dietrich Wihelm Todt,  Nestor Piva, Oswaldo Souza, Antero Pales Carozo,  Adérico Ferreira Caldas, Adel da Silva Nunes, Alcides Alves da Silva Pereira,  Alencar Mota, Almir Pires de Carvalho e Albuquerque, Aloysio Coutinho Neves,   Francisco Rolemberg, Francisco Alberto de Bragança, Francisco Sabino Coelho Sampaio, Gilberto Rebello de Mattos, Gileno da Silveira Lima, Hormindo Mello Leite, Jerônimo Sodré Pereira, Jacy Meirelles Carvalho, João Conrado Guerra, Joaquim Fraga Lima, José Agnelo Leite de Melo, José João de Araújo Lima, José Lino da Cruz, Joviniano Joaquim de Carvalho, Juliano Calasans Simões,  Maneol Santos de Aguiar, Maria da Graça Silva Pereira, Milton Calumby Tourinho, Moacir José da Silva Freitas,  Octávio Martins Penalva, Orlando Souza Pinto, Ormeil Câmara de Oliveira,  Renato Nazze Lucas, Thomaz Rodrigues da Cruz, Vilobaldo Agostinho de Sant´anna, Vitalmiro de Almeida, Walter Millet e Virgílio Fernandes de Araújo Júnior.

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