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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ARTHUR RAMOS DE ARAÚJO PEREIRA


ARTHUR RAMOS DE ARAÚJO PEREIRA




                                          *

Nasceu em 7 de julho de 1903, na cidade de Pilar (Alagoas), sendo seus pais o médico Manuel Ramos de Araújo Pereira e Ana Ramos.
Foi psiquiatra, psicólogo social, indigenista, etnólogo, folclorista e antropólogo.
Chegou à cidade do Salvador, no dia 20 de dezembro de 1920, para estudar Medicina, pelo que ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, doutorando-se em 1926.
Foram seus colegas de turma: Abelardo Duarte, Adelaide Ribeiro, João Ignácio de Mendonça, Nice Magalhães da Silveira e Otto Schimidt. Abelardo Duarte foi um dos fundadores da atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Adelaide Ribeiro, além de Secretário da Saúde, foi um dos fundadores da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. João Ignácio de Mendonça, aluno laureado, foi um dos fundadores do Curso de Psicologia da Universidade Federal da Bahia, professor da Escola de Belas Artes, da Faculdade de Filosofia e da Faculdade de Ciências Econômicas. Nice Magalhães, no Rio de Janeiro, revolucionou a Psiquiatria brasileira, pelo inconformismo em aceitar métodos agressivos e por outras atitudes igualmente polêmicas. Otto Schimidt foi médico clínico em Feira de Santana, e figura de destaque na sociedade local (4).

A tese de doutoramento de Arthur Ramos, intitulada “Primitivo e Loucura”, foi muito elogiada por Sigmund Freud, Eugene Bleuler, Levy Bruhl.
Trabalhou no Hospital Juliano Moreira, foi perito do Serviço Médico-Legal e redator-chefe da revista “Arquivos do Instituto Nina Rodrigues”.
Em 1928, prestou concurso para livre-docência da cadeira de Psiquiatria, sendo aprovado com louvor.
Pesquisou, com profundidade, a cultura negra no Brasil e abraçou a chamada “Escola da Bahia”, de Nina Rodrigues, a qual fundamentava a antropologia criminal na medicina legal.
Seu primeiro livro, “Estudos de Psicanálise”, teve grande repercussão no seio da classe médica.
Em 1933, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a lecionar na Universidade do Distrito Federal e na Universidade do Brasil.
Em 1934, publicou “O Negro Brasileiro”, obra de imenso sucesso. A partir de então, ficou consagrado como o pai da Antropologia Brasileira.

 Na mesma época, foi nomeado para o cargo de chefe do Departamento de Ciências Sociais da UNESCO, em Paris.
É considerado um dos maiores cientistas da humanidade. Deixou mais de quatrocentas obras, entre livros e artigos.
Faleceu em Paris, quando era diretor da UNESCO, em 31 de outubro de 1949, aos quarenta e seis anos de idade.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.     Artur Ramos. Disponível em http://www.google.com .br/search? q=ARTUR+RAMOS&btnGMOS&BTNg=Pesquisa+google&met%3Dlang_pt&aq=f&loq. Acesso em 10 de janeiro de 2009.
2. Artur Ramos. Disponível em
http://wikipedia.org/wild/Artur_Ramos.
Acesso em 10 de janeiro de 2009.
3. Artur Ramos. Disponível em
http://www.algosobre.com.br/biografias/

Artur_ramos.html.
4. Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.
====================================================APÊNDICE I

ERINLÉ TEM A LÍNGUA CORTADA POR IEMANJÁ
(Prandi, Reginaldo – Mitologia dos Orixás. São Paulo, 2006)

ERINLÉ
 


A tese de doutoramento de Arthur Ramos, intitulada “Primitivo e Loucura”, foi muito elogiada por Sigmund Freud, Eugene Bleuler, Levy Bruhl.
Trabalhou no Hospital Juliano Moreira, foi perito do Serviço Médico-Legal e redator-chefe da revista “Arquivos do Instituto Nina Rodrigues”.
Em 1928, prestou concurso para livre-docência da cadeira de Psiquiatria, sendo aprovado com louvor.
Pesquisou, com profundidade, a cultura negra no Brasil e abraçou a chamada “Escola da Bahia”, de Nina Rodrigues, a qual fundamentava a antropologia criminal na medicina legal.
Seu primeiro livro, “Estudos de Psicanálise”, teve grande repercussão no seio da classe médica.
Em 1933, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a lecionar na Universidade do Distrito Federal e na Universidade do Brasil.
Em 1934, publicou “O Negro Brasileiro”, obra de imenso sucesso. A partir de então, ficou consagrado como o pai da Antropologia Brasileira.
                                                             *

“Erinlé era o mais belo dos caçadores.
Diziam que era andrógeno,
Mas disso não se tem certeza.
O que se sabe é que Inlé era dono
De uma beleza diferente e irresistível.
Tão belo que Iemanjá o amou assim que o viu.
Satisfeitos os seus desejos, Iemanjá se cansou de Erinlé.
Então Iemanjá o devolveu ao mundo.
Mas Erinlé tinha visto os mistérios do mar
e passou a conhecer os seus enigmas.
Para que Erinlé não contasse os seus segredos
Iemanjá cortou sua língua.
A partir de então é Iemanjá que responde por Erinlé.
Erinlé fala por intermédio de Iemanjá
Erinlé é o mais belo dos caçadores”.

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APÊNDICE II

ERINLÉ É CHAMADO IBUALAMA
(Prandi, Reginaldo – Mitologia dos Orixás. São Paulo, 2006)
 
*

“Havia um caçador chamado Erinlé,
O grande caçador de elefantes.
Um dia uma mulher passava perto de um rio
e ali perto ao bosque, avistou o caçador.
Ele pediu a ela que lhe desse água para beber.
A mulher entrou no rio até a altura dos joelhos
e quando se inclinou para apanhar água,
ouviu de Erinlé a ordem de que entrasse mais fundo.
Mais fundo no rio entrou a mulher,
Mas, percebendo que o rio ia afogá-la,
Saiu imediatamente da água, com medo de ser morta.
Ela ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio,
Reclamando que ela não lhe trazia oferenda alguma.
Ela queria recolher sua água,mas nada lhe dava em troca.
Ninguém entra no rio profundo sem trazer presentes.
Tempos depois, quando Erinlé foi cultuado como Orixá,
Seus seguidores o chamav AM de Ibualama,
que quer dizer: “Água Profunda”.









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APÊNDICE III

EUÁ CASA-SE COM OXUMARÊ
(Prandi, Reginaldo – Mitologia dos Orixás. São Paulo, 2006)

                         
                                 EUÁ                      OXUMARÊ



*
“Euá andava pelo mundo,
Procurando um lugar para viver.
Euá viajou até a cabeceira dos rios
e ai junto às fontes e nascentes escolheu sua moradia.
Entre as águas Euá foi surpreendida
Pelo encanto e maravilha do Arco-Ires.
E dele Euá loucamente se enamorou.
Era Oxumarê que a encantara.
Euá casou-se com Oxumarê
e a partir daí vive com o Arco-Ires,
compartilhando com ele os segredos do universo”.

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APÊNDICE III

IEMANJÁ AFOGA SEUS AMANTES NO MAR

*

(Prandi, Reginaldo – Mitologia dos Orixás. São Paulo, 2006)
IEMANJÁ

*
 
“Iemanjá é dona de rara beleza
E, como tal, mulher caprichosa e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar
e veio à terra em busca do prazer da carne.
Encontrou um pescador jovem e bonito
e o levou para seu líquido leito de amor.
Seus corpos conheceram todas as delícias do encontro,
Mas o pescador era apenas um humano
e morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia.
E assim acontece sempre, toda noite,
que Iemanjá se encanta com os pescadores
que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.
Ela leva o escolhido para o fundo do mar, e se deixa possuir
e depois o traz de novo, sem vida, para a areia”.

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APÊNDICE V
ORUNMILÁ É ENGANADO POR EXU MAS TERMINA VENCEDOR
 (Prandi, Reginaldo – Mitologia dos Orixás. São Paulo, 2
ORUNMILÁ                        EXÚ    
*    
"Orunmilá  juntou cento e vinte e um sacos de búzios
e entregou todo esse dinheiro a Exu,
pedindo-lhe que fizesse para ele algum rendoso negócio.
Exu, que desejava ver a ruína do seu companheiro,
Comprou para Orunmilá uma escrava velha e inútil.
Três dias depois, a velha morreu.
Orunmilá aceitou tudo com calma e não reclamou.
Ao contrário, providenciou para a velha honrosos funerais.
Acontece que a muler era a mãe de dois reis,
Mãe de Obá de Ibini e de Obá de Oió.
Eles procuraram a mãe por toda parte
Dispostos a pagar por ela um resgate real.
Quando souberam do acontecido,
Procuraram |Orunmilá
E compraram o cadáver da mãe por mito dinheiro.
Orunmilá ficou rico.
Exu não conseguiu arruinar Orunmilá”.




 IBUALAMA

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