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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

140- FRANCISCO DOS SANTOS PEREIRA

140- FRANCISCO DOS SANTOS PEREIRA


TERREIRO DE JESUS - CASARIO PRÓXIMO À
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA



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Nasceu em Salvador, em 1844.
Colou o grau de doutor em Medicina, em 1868, pela Faculdade de Medicina da Bahia.
“Sua vida desdobrou-se a serviço da clínica, da cátedra e da representação política.
Aos caminhos que percorreu, emprestou elevado sentido ético, apurando as ações ao metro preceitual de uma consciência reta, inflexível às contingências da vida, e permitindo, assim, manter-se igual para o juízo da posteridade. Adestrado na Inglaterra, fez-se o primeiro oculista do estado a monopolizar grande clínica e não menor fama, que o levou a ocupar, como fundador, a cátedra oftalmológica da Faculdade de Medicina, habilitado em concurso, com a tese intitulada “Afecções Oculares Symphaticas”, da qual promanam sentenças marcadas pelo espírito de observação – apanágio de uma época em que, por si só, bastava a busca e a conquista da verdade científica” (1).
Assumiu a cátedra em 1886, a qual já exercia gratuitamente.
Extremamente caridoso, recusava qualquer tipo de pagamento aos serviços  prestados, quando desconfiava que o cliente era pobre, ou economicamente necessitado. Seu espírito humanitário criou situações inusitadas. Contam os que privavam da sua intimidade que, muitas vezes, não só recusava o pagamento como retirava de suas economias, algum dinheiro, e oferecia aos que enfrentavam dificuldade. Quando alguém condenava sua conduta, acusando-o de imprevidente,  respondia” – “Eu tenho crédito, e ele nem isso tem !”.
Dava seu salário aos clientes pobres, e ia a pé para a Faculdade, até receber o salário do mês seguinte.
Abolicionista convicto, libertou os escravos que havia herdado.
Como político, lutou pela causa redentorista, pelo que foi eleito e reeleito deputado.
Ribeiro Taques revelou, em sua tese de doutoramento, em 1886, que o Professor Santos Pereira foi o primeiro que aplicou, no Brasil, a cocaína como anestésico local.
Faleceu em 1912, deixando para os pósteros um dos mais belos exemplos de modéstia, humildade e competência.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.     Novis, Jorge Augusto – Discurso de Posse. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume III, junho de 1981.
2.     Sá Oliveira, Eduardo – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.

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