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By Ferramentas Blog

sábado, 29 de janeiro de 2011

127- FERNANDO LUZ

127- FERNANDO LUZ
(Extraído de Carvalho Luz, Ferando e Milton da Silveira, Geraldo. Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia, Ano II, No 2, Outubro. Salvador, 1978)
 
PROF. FERNANDO LUZ

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Nasceu em Salvador, em 31 de outubro de 1886, sendo seus pais Fernando Antunes da Luz e Maria Devoto Luz, ambos de tradicionais famílias baianas.
Realizou os cursos primário  e  preparatório no Colégio 7 de Setembro, naquela época, um dos mais tradicionais estabelecimentos de ensino de Salvador..
Em 1903, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia. Nomeado Interno da Cadeira de Clínica Cirúrgica, cujo catedrático, Prof. Antônio Pacheco Mendes, mestre dos mais notáveis, foi para o jovem Fernando Luz, verdadeiro exemplo de vida.
Concluiu o curso médico em 1908, tendo como colegas de turma Aristides Pereira Maltez, Dionysio da Silva Lima Pereira , Eduardo Vidal da Cunha , Enjolras Vampré, Joaquim Martagão Gesteira  e Luiz Antônio de Aguiar.
Aristides Pereira Maltez, Eduardo Vidal da Cunha, Joaquim Martagão Gesteira e Luiz Antônio de Aguiar, tornaram-se professores da Faculdade. Dionysio da Silva Lima Pereira e Enjolras Vampré, receberam o Prêmio Prof. Manoel Victorino Pereira, instituído em 1892, por terem obtido a maior média global nas disciplinas e atividades durante todo o curso médico.
Em 1912, prestou concurso para Professor Livre Docente de Clínica Cirúrgica. Dois anos depois foi nomeado Professor Extraordinário de Clínica Cirúrgica e em 1917, após brilhante concurso, foi designado Professor Substituto da 11ª Sessão (Clínica Cirúrgica, Clínica Pediátrica e Ortopédica). Em 1920 foi nomeado, por acesso, Titular da 1ª Cadeira de Clínica Cirúrgica.
Além de docente do mais alto conceito, desenvolveu o Prof. Fernando Luz intensa atividade clínica, à qual dedicava extrema dedicação e rara competência.
“Aquelas mãos vigorosas e firmes, suficientemente fortes para as mais rudes manobras ... e também suaves como plumas” esculpiram com maestria, durante muitos anos, a carne humana.
Quer no Hospital Português da Bahia, quer no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, exerceu  verdadeiro apostolado, vendo em cada paciente, um ser humano que merecia o mais  devotado cuidado.
No Hospital Português foi o timoneiro denodado que a ele se dedicou com sacrifício, inclusive, de seus recursos financeiros.
Sempre trabalhador e entusiasta, idealista e realizador, trouxe para a Bahia o Hospital de Cruz Vermelha Brasileira, da qual foi Presidente.
Publicou números trabalhos científicos e honrou com o seu apoio e a sua presença várias instituições científicas e culturais.
Faleceu de mal súbito, em plena atividade profissional, causando imenso pesar à toda sociedade baiana.
Seus amigos, colegas, clientes e admiradores construíram seu mausoléu, nele colocando a seguinte inscrição: “Ao seu bondoso e benemérito cirurgião a sociedade baiana agradecida”.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1-      Carvalho Luz, Fernando; Milton da Silveira, Geraldo. Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia. Ano II. No II. outubro. Salvador, 1978.
2-      Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Academia de Medicina de Feira de Santana, 2008.


APÊNDICE I
DEPOIMENTO DE GERALDO MILTON DA SILVEIRA
(Extraído de Silveira, Geralda Milton da - Carvalho Luz. Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia, Ano II, No II, Outubro. Salvador, 1978)
PROFESSOR GERALDO MILTON DA SILVEIRA
“Amoroso e austero chefe de família, justo e bondoso, rigoroso e compreensivo transmitia a todos essas suas inatas qualidades. Ao penetrar em uma sala de operações era como se o fizesse em um santuário. “Jamais alguém terá visto o menor deslize no ritualismo que ele professava. E até a sua expressão, involuntariamente,  se transfigurava, como para melhor se entender com a deusa”.
Na sala de operações do Hospital Santa Izabel, fez inserir em grandes letras num painel de vidro, a seguinte frase, que bem representava o seu pensamento sobre o comportamento médico: “Presente o paciente, interrompa-se a conversa e cesse-se o riso porque a doença a tudo domina”.
O silêncio e a ordem na sala de operações, freqüente ao paciente totalmente entregue ao cirurgião, são uma garantia de absoluta concentração no trabalho e uma atitude de respeito e retribuição à adormecida confiança.
A sua produção científica foi, à época, das maiores e melhores. Além de trinta e duas comunicações científicas, fez publicar sessenta trabalhos, dentre os quais podemos ressaltar “Cura radical da hipertrofia da próstata”, tese de doutoramento; ”Abscesso do baço”, “Manual de Propedêutica das Vias Urinárias”, trabalho para habilitação à Livre Docência; “Oclusão Intestinal”, trabalho com o qual concorreu a vaga de Professor Extraordinário; “case of Gandú observed in Bahia-Brazil; ”Problemas de Patologia das Vias Biliares extra-hepáticas”.
                                             









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Um comentário:

  1. eu nasci em seu Hospital e tenho um prazer de conhecer a história de um grande amado doutor.* da freira irmã dulce é só bençãs,...

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