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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

101-DEMÉTRIO CIRÍACO TOURINHO (DEMÉTRIO TOURINHO)

DEMÉTRIO CIRÍACO TOURINHO
(DEMÉTRIO TOURINHO)


ACADEMIA IMPERIL DE MEDICINA
RIO DE JANEIRO

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Nasceu em Salvador, em 1826. Colou o grau de doutor em Medicina, em 1847, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em 1855, concorreu ao lugar de Opositor da Seção de Ciências Médicas. Em 1859, ao de Substituto da referida Seção. Em 1865, à cadeira de Fisiologia. Em 1861, a Opositor, por concurso, da Seção de Ciências Médicas.
Em 1871, conquistou, em brilhante concurso, a cátedra de Patologia Interna.
Em 1849, venceu o concurso para a cátedra de Grego, no Liceu da Bahia.
Membro da Comissão de Higiene Pública (1856) e do Conselho de Ensino da Província.
Diretor do Hospício São João de Deus, membro do Conselho do Imperador e da Academia Imperial de Medicina.
Deputado Provincial (em várias legislaturas).
Atuou na imprensa, sendo um dos fundadores do “Diário da Bahia”.
Autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1870, e de outros trabalhos, dos quais destacamos as teses defendidas nos concursos a que se submeteu.
Suas teses mais importantes foram, por ordem cronológica:
1.     “Do antagonismo entre as febres paludosas e a tísica pulmonar” (tese inaugural, 1847).
2.     “O auxílio fornecido pela escutação e percussão será suficiente para o diagnóstico das lesões do coração? “ (1857).
3.     “Quais as causas que mais concorrem para o desenvolvimento da hipoemia intertropical?”(1871).
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Faleceu em 1888.
Sá Oliveira, a respeito de Demétrio Tourinho, afirmou: “...foi um mestre de grande ilustração, político de alto conceito, jornalista combatente pela causa da democracia, orador brilhante, administrador laborioso e clínico de mérito” (Obra citada).

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Sá Oliveira, Eduardo- Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.








APÊNDICE
“A FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA É UMA FACULDADE MODERADA E ECLÉTICA”
(Extraído do Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930).Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz – http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)




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“Segundo Roque Spencer Maciel de Barros (1958), o ensino superior no Brasil durante o Império, que se resumiu à medicina e direito, foi instrumento de conservação de crenças tradicionais  ao não inovar, possuindo estatutos e regimentos obsoletos. Neste sentido, o regulamento complementar 1.764 de 14/05/1856, seria exemplar ao não admitir teses, cujas proposições contivessem princípios ofensivos à moral e à religião. Com base nestes estatutos, segundo Roque de Barros, a Faculdade de Medicina da Bahia rejeitou a Memória Histórica de 1876, de autoria de Luiz Álvares dos Santos, devido à sua simpatia pelo darwinismo, considerada na época uma “doutrina herética, uma novidade científica funesta à religião”, nas palavras do professor da instituição baiana, Claudemiro Augusto de Moraes Caldas.
Na Memória Histórica relativa ao ano de 1870, de autoria de Demétrio Cyríaco Tourinho, encontramos a seguinte descrição a respeito da filosofia adotada pela instituição baiana:

“Esta Faculdade inspirando-se na mais vã filosofia, não se
Vitalista quando é preciso ser,não deixa de ser organicista,
quando assim o exigem  os fatos, a observação. Moderada
ou  eclética  não  há  de ser acoimada de visionária, nem de
materialista. Não reconhece  a  autoridade  de  nenhum siste
ma; estuda todos, discute  todos   e investiga a verdade, on
de  quer  que  ela  se  ache. No ensino, demonstra estar em
dia com  todas as questões científicas que se achem na tela
da discussão, e   se não tem, à mingua de recursos, podido
chegar à decifração de altas e  importantes questões biológi
cas,  acompanha, entretanto, o  movimento científico da Eu
ropa, e, sempre  ávida  de  saber, procura, nas melhores ori
gens, tudo que pode trazer-lhe progresso e melhoramentos"
                    (Apud Carvalho Filho, 1909,pg.74)


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